segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Se, por algum acaso, leres estas minhas palavras, perdoa-me desde já a minha fraqueza, perdoa-me o fato de não conseguir esperar, em silêncio, que a tormenta passe. Tu sabes como os silêncios me cortam, como o vazio me assusta, como sem ti me sinto perdida. Escrevo, como quem fala. Escrevo, como quem confessa a algo ou a alguém que se sente sem nada. Escrevo, como se tivesse a certeza que lerias estas palavras e que, lendo-as, me abraçarias de longe, sem que eu te visse, sem que nos cruzássemos. Como se pudéssemos nos Amar em silêncio, na distância e na ausência. Tu sabes como eu acredito em coisas parvas…
Neste momento sinto-me uma pálida sombra de mim mesmo. Como se me tivessem retirado toda a cor, todo o brilho e toda a luz e eu me limitasse a ser uma foto velha a preto e branco que anda por aí sem fazer falta a quem quer que seja. Porque tu eras a cor, o brilho e a luz que, me encantando, me devolvia à vida. Sem ti…nada. Sem ti…nada.
E, no entanto, sinto aqui dentro um AMOR tão forte, um coração tão grande. Neste momento a dor comanda, mas o AMOR que me deste, o AMOR que me transmites, o AMOR que ainda nos une é ainda maior do que todo o resto. Por isso, entre as lágrimas que teimo em não chorar ainda sou capaz de sorrir e, orgulhosa (de mim, de ti, de nós…), dizer-te (sem te dizer): AMO-TE. MUITO, MUITO, MUITO.
by Poeta Aprendiz

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